Os sótãos e porões não existem mais nas casas modernas, por isto criei este lugar para:
- descobrir coisas esquecidas tais como, uma poesia, um trecho de um livro clássico, fotos, e muito mais,
- um lugar para guardar por algum tempo coisas que você não quer mais, mas que de vez em quando quer olhar
- um lugar para deixar seus sentimentos de mágoa, raiva, e tudo o que nos faz mal e pedir às traças e aos cupins que os destruam de vez.
Entre neste sótão e neste porão e fique à vontade.
As cerejas precisam em média de 800 a 100 horas de frio para florescerem. Um longo inverno, e, de repente a flor, uma, duas, mil, milhares. E uma brisa, basta uma brisa, para se desprenderem dos galhos e formarem um tapete rosa e branco, nuvem suave sobre a qual não se ousa pisar. Assim então, despertando de um longo inverno, o Sótão e o Porão se abrem novamente e, como a cerejeira que precisou ficar com os galhos nus
começamos a florescer novamente
e o pé começa a ficar cheio.
Por indicação de uma amiga estou muito atenta ao Carlito Azevedo e na sua página do Facebook encontro este texto de Barthes.
Nada mais certo e mais mutante que as estações do ano e nada mais prazeroso que o eterno retorno.
Sirvam-se à vontade!
Cerejas
Encontrei cerejas (chegadas da Austrália) no mercado Saint-Germain. Dizem-me que no mercado de Buci, ainda mais popular, há também, agora, frutas fora de estação. Mesmo que esses produtos sejam caros, caríssimos, ainda assim é comum encontrá-los pela rua. Mas não é o enigma econômico que me atrai; é, antes, o seguinte: que o progresso técnico (fazer vir, em algumas horas, frutas dos lugares mais distantes) furta ao homem o tempo justo das estações (seu tempo) e, pouco a pouco, “com a melhor das intenções”, frustra uma de suas alegrias, a da alternância; pois havia alguma alegria em se esperar o fim do inverno, ver despontar, desaparecer, lamentar as belas coisas que passam, mas que voltarão: termina a maior das alegrias, a do retorno. Para o futuro, no horizonte, os mercados não irão mais nos proporcionar a chegada dos primeiros frutos da estação: passou o tempo das diferenças.
(Mini-crônica publicada por Roland Barthes em Le Nouvel Observateur)
Entrei, há tempos atrás, na Livraria da Travessa para encontrar uma amiga.
Fui direto para a a estante de poesia, onde meu vício de "abrir de livros ao acaso" é aplacado mais rapidamente. A poesia me pega de cara, salta e entra pelos olhos, não ofereço resistência, vou folheando.
Acontece que naquele dia me chamou atenção um livro de capa meio "noir". O nome da autora - uma enormidade de consoantes enfieleiradas -, uma polonesa, tcheca, imaginei.
Abri numa página em que o título do poema era: Escrevendo um currículo. Fiquei pregada ali. Fui à orelha e li que era polonesa. Mas aí minha amiga chegou e, distraída deixei o livro e fui embora na certeza de voltar.
Não voltei, esqueci dela, mas não da poesia. Li uma matéria no Prosa e Verso do Globo e ia recortar, e alguma coisa também me distraiu e a tesoura ficou na mesa.
Mas poesia incomoda, fica martelando, se esconde quem saci e aparece quando estamos desarmados, um pouco assim: no banho, no meio da rua, na insônia improdutiva, e sempre acompanhada de "vou no google", mas como lembrar da ordem das consoantes?
Ontem, determinada, voltei à livraria.
Na estante, nada.
"Como era mesmo o nome?" Perguntei ao rapaz do caixa que me mandou perguntar ao vendedor, ele também sabia, como eles sabem coisas!, mas não lembrava o nome: "é difícil de lembrar".
Voltei para procurar o vendedor e em cima de uma mesa, eis que vejo :
WISLAWA SZYMBORSKA [POEMAS]
Lá estava Wilslawa que agora se sei que se pronuncia algo como: VISSUÁVA CHEMBORSKA, fumando seu cigarro e quase piscando para mim.
Peguei rapidamente o livro e fui atrás do poema do Currículo, li este e, mais um, e mais outro.
Comprei o livro e fui para o café, rezando para nenhuma amiga aparecer. Embalada por um chá, estava calor, mas não dá para tomar Coca-cola e ler poesia, e um bolinho de banana, passei uma das mehores tardes da minha vida.
Um pouco de Wislawa segundo a Companhia das Letras, editora do livro.
Aos 88 anos, Wislawa Szymborska vive desde menina em Cracóvia, cidade situada às margens do Vístula, no sul da Polônia. O fato de ter permanecido a vida inteira no mesmo lugar diz muito sobre essa poeta conhecida por sua reserva e extrema timidez. Contudo, embora os fatos de sua vida tenham permanecido privados, quase secretos, seus poemas viajam pelo mundo. Não são tantos: sua obra inteira consiste em cerca de 250 poemas cuja função, como declarou a poeta no discurso de Oslo, é perguntar, buscar o sentido das coisas. Com sua poesia indagadora, Szymborska foi chamada “poeta filosófica”, ou “poeta da consciência do ser”. No Brasil, teve poemas esparsos publicados em jornais e revistas ao longo dos anos, mas esta edição da Companhia das Letras, com seleção, introdução e tradução de Regina Przybycien, é a primeira oportunidade que tem o leitor brasileiro de lê-la em português. A coletânea de 44 poemas é uma belíssima apresentação à obra dessa importante poeta contemporânea.
E agora a poesia que me perturbou.
Escrevendo um currículo
O que é preciso? É preciso fazer um requerimento e ao requerimento anexar um currículo.
O currículo tem que ser curto mesmo que a vida seja longa.
Obrigatória a concisão e seleção dos fatos. Trocam-se as paisagens pelos endereços e a memória vacilante pelas datas imóveis.
De todos os amores basta o casamento, e dos filhos só os nascidos.
Melhor quem te conhece do que o teu conhecido. Viagens só se for para fora. Associações a quê, mas sem por quê. Distinções sem a razão.
Escreva como se nunca falasse consigo e se mantivesse à distância.
Passe ao largo de cães, gatos e pássaros, de trastes empoeirados, amigos e sonhos.
Antes o preço que o valor e o título que o conteúdo. Antes o número do sapato que aonde vai, esse por quem você se passa.
Acrescente uma foto com a orelha de fora. O que conta é o seu formato, não o que se ouve. O que se ouve? O matraquear das máquinas picotando o papel.
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Peguei de volta a estrofe que ficou martelandoe me fez pensar em rasgar o currículo que tenho e fazer um outro, poético, que com certeza vai falar muito mais de mim do que o atual.
O currículo tem que ser curto mesmo que a vida seja longa.
Obrigatória a concisão e seleção dos fatos. Trocam-se as paisagens pelos endereços e a memória vacilante pelas datas imóveis.
E tem muito mais, qualquer dia coloco outra que estiver me perturbando.
Não sou muito afeita a datas de uma forma geral. O tempo para mim é marcado pelos afetos e não pelos dias.
Não guardo no meu Sótão dias, comemorações, celebrações e manifestações coletivas de alegria vazia.
Guardo os sorrisos, as palavras, os abraços, os beijos e as mensagens que fora dos dias marcados no claendário me fizeram sentir de fato, a melhor mãe, a amiga especial, a celebração do aniversário, o Natal e tantas datas mais.
O dia de hoje é uma data inventada. Neste dia então, só se fala das mulheres. Nos outros não precisa? Bem, melhor 1 do que nenhum.
Se merecem ter um dia só para elas, devem merecer, não é?
A pergunta que me rondava era: O que as mulheres fazem? Bem diferente daquela irrespondível: "Mas afinal o que querem as mulheres?" que nem Freud respondeu.
Pensei várias coisas, mas Sophia de Mello Breyner Andresen, poetisa portuguesa, que eu busco quando preciso de poucas e boas palavras para seguir adiante, me respondeu tão claramente e tão suavemente que nem me dei ao trabalho de procurar mais.
E o que elas fazem Sophia respondeu em apenas 5 linhas:
As minhas mãos mantém as estrelas,
Seguro a minha alma para que não se quebre
A melodia que vai de flor em flor,
Arranco o mar do mar e ponho-o em mim
E o bater do meu coraçào sustenta o ritmo das coisas.
Do livro "Poemas escolhidos" da Companhia das Letras
Quem não tem a sua "madeleine" para sacar rápido na resposta?
Mas vamos deixar a resposta rápida de lado e vamos ao título do post.
DIM SUM, que em cantonês significa "direto ao coração", pequenos bocadinhos de comida, que podem ser doce ou salgado, com carne ou vegetariano, cozido no vapor - o mais tradicional - ou frito. São conhecidos na China há milênios.
Só um pouquinho: tudo o que acontece na China tem pelo menos 1000 anos, e isto quando se quer falar em algo mais recente.
Eram servidos, acompanhados de chá, aos viajantes e trabalhadores desde os tempos da Rota da Seda nas estalagens das estradas.
Nunca tinha experimentado esta iguaria.
Fácil de pegar com os hashis, pois são firmes e em forma de trouxinhas, e na boca desmancham suavemente espalhando o caldinho e o recheio numa combinação leve e saborosa.
O chá de jasmim realça o sabor do Dim Sum e é servido insistentemente pelo garçom.
Mas o que eu quero falar é da comida que vai "direto ao coração".
Aquela que, pela sofisticação da simplicidade, cerra nossos olhos, pede silêncio, nos faz soltar um suspiro de felicidade e, quase nos faz levitar.
O meu Dim Sum, o que vai direto ao meu coração:
Parar num restuarante velho conhecido no meio de uma estrada e pedir
um bife acebolado
e de sobremesa,
sagu de uva com creminho de baunilha: o sagu geladinho e o creme morno.
Sofisticações do afeto, pois.
Pratos que requerem cuidado e dedicação total para " não passar do ponto" e "para não embolar".
O Dim Sum não me toca o coração porque não faz parte das minha memórias afetivas, o seu valor foi ter me feito pensar no que me traz felicidade à mesa.
E se a mesa estiver cheia, melhor ainda.
Dê uma olhada no seu Sótão ou no seu Porão e traga para cá o seu Dim Sum.
Iniciei com 1 dia de atraso o Calendário do Advento - tempo de espera. Enquanto espero, penso, lembro, reflito.
Momentos novos despertam os já vividos num delicado abrir e fechar de armários a procura de lembranças.
Os americanos chamam de “walk in closet”, o armário que nos envolve com prateleiras, cabides e gavetas.
Nestes “walk in closets” as lembranças nos espreitam em lugares inusitados e, uma vez lá dentro, a noção de tempo se transforma, e, suspensos no ar pelo cheiro do passado cuidadosamente dobrado e arrumado, flanamos sobre nós mesmos.
Os museus são para mim um tipo de “walk in closet”, principalmente os pequenos, meus preferidos; aqueles que foram um dia a casa de alguém, ou os que guardam em lugar especialmente construído, uma coleção particular. Entrar num destes museus me provoca, ora, uma sensação de intimidade com o dono, ora, uma sensação de constrangimento, como se pisasse em lugar privado que não deveria ser exposto a tantos olhos.
Mas, voltando ao armário. Outro dia entrei em um deles. Foi no Metropolitan Museum em Nova Iorque que, pelo seu gigantesco tamanho, parece não dar espaço para experiências intimistas.
Engano.
Gosto de entrar neste museu contornando a escadaria central pela direita e seguir em frente até a Ala Medieval de Esculturas.
No caminho vou desacelerando a energia de Nova Iorque: o trânsito barulhento das buzinas e sirenes, as ordens dos guardas para a inspeção das bolsas, a fila enorme da chapelaria, o formigueiro de gente no “Great Hall” – tudo fica para trás.
O grande atrium iluminado dramaticamente, e propositalmente escuro, aguça meus sentidos e me faz mais observadora. As vozes diminuem, a temperatura cai em alguns graus. O momento é de instropecção.
A grade do coro da Catedral de Valadolid, ao fundo, ao mesmo tempo que me convida a entrar, me protege do mundo externo; fecho os olhos e tento ouvir um coro gregoriano, as vozes dos monges que me conduzirão à vida eterna. Ali começo a visita, e ali gosto de terminá-la. A emoção do que vi pelas inúmeras salas, guardo-a naquele hall, para encontrá-la na próxima vez, como se fosse a primeira.
Mas ontem, este “walk in closet” abriu uma porta nova, uma passagem secreta dentro do armário conhecido.
Ao chegar ao hall medieval me deparei com uma imensa árvore de natal e um presépio ao seu redor.
Eram 16:30, todas as luzes se apagaram e “Noite Feliz” suavemente envolveu o ambiente.
Ainda agitada pelo que deixei lá fora, tentei procurar um papel que me explicasse o que estava acontecendo, busquei um lugar para enxergar melhor, me inquietei, peguei a câmera, mas, vi o aviso que não é permitido fotografar. A minha agitação destoou do ambiente.
Uma luz, mais suave ainda do que a música, se é que era possível, iluminou a coroa do menino Jesus. Deitado na manjedoura, sem roupa, entre Maria e José, o menino foi inundado por ela, sua coroa brilhou sozinha, e o resto - penumbra.
A luz iluminou em sequência: Maria, José, e os 3 querubins que, dispostos em sutil triângulo abrigavam a Sagrada Família.
No mesmo compasso, música e luz, se espalharam pelos anjos vestidos de seda em rosa, azul, amarelo, que dispostos em espiral se espalham pelo imenso pinheiro até a estrela do topo. Se, se desprendessem dali e subissem aos céus em grande revoada não causariam espanto. Quase pedi que me levassem junto.
Cada anjo, e são 50, foi iluminado por uma pequena vela que conferiu a seu rosto, de terracota, feições quase humanas.
Outro foco surgiu no pé da árvore e, Balthazar, Melchior e Gaspar, que souberam ler a mensagem da estrela e a seguiram como que caminham em direção à cena principal. Pouco a pouco, a cidade ao redor se coloca me movimento, sai a fornada da padaria, o sapateiro bate a sola, a ovelha pasta. Tudo é vivo novamente.
Quanto tempo dura a eternidade? Acho que uns 10 minutos no máximo.
As palmas me tiraram do sonho.
Ainda perplexa tentei entender o que era este espetáculo. Não sei ficar só na emoção.
Descubro então num folheto o mistério.
Os anjos e o presépio foram uma doação para o museu de Loretta Hines Howard Fund. Loretta Hines Howard iniciou em 1925 uma coleção de figuras de presépio napolitano do século 18, e montava-o em sua casa assim como está hoje no museu – ao redor da árvore de Natal.
Em 1957, ela apresentou pela primeira vez sua coleção no Metropolitan. Desde 1964 a coleção vem crescendo, atualmente são mais de 200 peças e, há mais de 40 anos ela é exibida no mês de dezembro como parte das comemorações de Natal do museu e da cidade.
Como se faz em família, Linn Howard, filha de Loretta ajudava sua mãe a montar a exposição e, após a morte da sua mãe em 1982, ela manteve a tradição com sua filha, Andrea Selby.
A cada ano elas criam novas ambientações para as figuras que vão sendo adquiridas, a coleção não para de crescer.
A ambientação é típica dos presépios napolitanos com os três personagens marcantes: a Sagrada Família cercada pelos animais e adornada por um templo romano - para mostrar a força da igreja católica sobre os símbolos pagãos -, os Reis Magos vindos do oriente com vestimentas exuberantes e exóticas, e as pessoas comuns da cidade e do campo ocupadas nas suas atividades diárias.
Fiquei ali, passeando no “walk in closet”, espiando minhas caixas, sacos de tecidos, capas cobrindo cabides, tinha muito para ver e lembrar.
Thank you, Mrs. Howard, pela beleza da coleção e pela grandeza do gesto de dividir o prazer de ter colecionado.
O jornal, alimento mais perecível da mesa do café da manhã, me lê uma crônica do Joaquim Ferreira dos Santos, que começa assim:
“Quando a vida está nublada e o aeroporto da existência parece que nunca mais vai abrir para nova decolagem, é aí que eu toco a campainha do Ithay, o edifício art-déco na Nossa Senhora de Copacabana. Peço ao porteiro para me deixar pisar no mosaico de cerâmica que imita no hall as ondas do mar de dois quarteirões adiante, o fabuloso verde-azul do mar da praia de Copacabana. Há quem tome pílulas, há quem tatue felicidade no pulso direito. Quando estou perdido, meio sem saber por onde ir, eu busco me redirecionar com a bússola que me guia os passos, a beleza da cidade onde eu nasci e que não me canso de percorrer.”.
E a crônica segue com um passeio por Copacabana, mais especificamente pelo Lido, que vai da Princesa Isabel até a Rodolfo Dantas, onde ali no número 111, por trás do portão de ferro altíssimo a vida se passou entre nublada e ensolarada.
Gostei deste começo de crônica e fiquei a pensar: Quando a vida está n ublada e o aeroporto da existência parece que nunca mais vai abrir para nova decolagem é aí que eu:
- ouço no Ipod Toada do Boca Livre e subo a serra de Petrópolis em direção a Araras.
- abro Apontamentos de História Sobrenatural do Mário Quintana e leio na página 92:
Os grilos .. os grilos .. Meu Deus, se a gente Pudesse Puxar Por uma Perna Um só Grilo, Se desfiariam todas as estrelas!
- vou à geladeira e com a porta aberta dou uma “mamadinha” na lata de Leite Moça.
- troco a música por “Doe eyes” de As pontes de Madison e sonho com alguém batendo a porta suavemente.
- abro a caixa rosa com as cartas e cartões das minhas amigas recebidos nos primeiros anos em que me mudei de cidade e leio uma por uma pela milionésima vez.
- abro a outra caixa, a azul, com os cartões e desenhos dos filhos quando pequenos e leio de novo as letrinhas tortas.
- molho o pincel num azul profundo da caixa de aquarela e desenho céu e mar sem fim, até o azul desaparecer no branco da folha.
- caminho na praia, pisando a ”areia branca que seus pés irão tocar”.
- entro no chuveiro para que a água caia e se junte às lágrimas lavando o corpo inteiro.
- abro o armário, qualquer um, e num transe, esvazio prateleiras, passo pano, jogo no lixo, descubro uma peça esquecida e assim “limpada” de tralhas velhas fico leve.
- troco de novo a música agora é: “Maria era uma boa moça, prá turma lá do Gantois...” e sinto o frio da madrugada nas minhas costas, meu cabelo despenteado, a camisola rosa e o grande, enorme, iluminado sorriso do meu pai abrindo a porta de casa, no verão, para a turma da serenata entrar.
- quero ligar 2542-2786, mas a voz que quero ouvir não me atenderá.
- ligo para as primas só para escutar: Oiiiiiiiiiiiiiiiii, olááááááá´, fala prima, dependendo do número escolhido.
Talvez faça muito mais do que isto, mas será sempre a variação destas coisas que me fazem colocar a bússola no mesmo lugar: o da criança, mulher desejada, filha, amiga, desvairada, inconstante, equilibrada, amada, e que me me asseguram que o aeroporto só está fechado momentaneamente.
Mesmo que o momento dure mais do que se possa aguentar,