Esta palavra, que eu amo, e tinha pensado em batizar o blog, não poderia encontrar momento melhor para aparecer.
Quando decidi fazer este blog não sabia onde me levaria esta viagem: um Sótão - lugar para guardar e encontrar emoções, lembranças, fotos, aquilo que nos faz bem. Um Porão - para guardar o que nos faz mal e que queremos banir de vez das nossas vidas ou o que precisamos “domar”, como aquelas macacas ou aquelas ervas daninhas que resolvem nos acompanhar em determinados momentos da nossa vida.
E eis que de repente: Serendipity!
Escrevo sobre um vestido.
Várias pessoas escrevem também.
Reencontro num outro momento uma amiga, que também tem um blog e que escreve a partir de um post do meu que foi enviado por uma terceira amiga e corrigido por uma quarta.
Isto é Serendipity: fazer uma coisa e encontrar outra.
A partir destes acontecimentos totalmente aleatórios novas relações são criadas, antigas relações são revividas, o que era desconhecido ganha luz, as distâncias antes enormes se encurtam, as vidas até então totalmente diferentes passam a ter tanto em comum que a partir deste momento não é mais possível ser como antes.
Todos estes acasos só podem ser percebidos e vividos por mentes abertas, por olhos sem máscaras, e por corações e almas prontos para viverem emoções inesperadas.
Percebem que fazem parte de um grande bordado, feito ponto a ponto, com aquele capricho que não se consegue distinguir o avesso do direito porque o carinho pede capricho, não pode ser de qualquer jeito.
Tal como “Os Três Príncipes de Serendip”, a história que deu origem a esta palavra, lá vão elas pelo mundo, prontas para descobrirem, ao acaso ou não, respostas e perguntas que chegarão por acaso, ou não.
Para sempre estarão mudadas.