sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fui ao sótão agora de manhã, mais tarde vou ao porão

Arrumando uns livros na minha estante, achei um que tinha dado como perdido e já há dias procurava. Estava triste e jurando que nunca mais emprestaria livros.
Quando puxo um lá vem ele junto.
O livro é "O livro dos Abraços" do Eduardo Galeano e gosto tanto dele que até este blog poderia ser dedicado a este livro em particular.
Já na orelha lemos o seguinte: "Abra este livro com cuidado: ele é delicado e afiado como a própria vida. Pode afagar, pode cortar. Mas seja como for, como a própria vida vale a pena".
Para não estragar a surpresa, deixo aqui o texto que está na quarta capa:




A função da arte/ 1
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadlof levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. e foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!


Será que foi isto que ele viu?


Um primor de delicadeza e emoção.


Você que está lendo, tem algum texto para dividir aqui em "Textos que emocionam?"