domingo, 27 de março de 2011

Ninho Vazio


Eu não vivo sem o Google, alguém vive?


Custa relativamente barato: um computador, uma conexão rápida e lá vamos nós, horas e horas de viagem.


Ontem o Google não me foi de grande ajuda.


Fui procurar “O que fazer com o Ninho Vazio”, apareceram 271.000 resultados, mas não havia uma resposta específica.


Não estando no Google, não tive outro jeito que o de me virar com o que tinha.


Tirei o ninho de dentro do armário para ver em que situação se encontrava. Não estava de todo mal. Já há algum tempo atrás tinha dado uma boa limpeza, costurado umas palinhas que se tinham rompido, refeito o assoalho para que ficasse firme caso precisasse colocar algo lá dentro. Limpei bem a poeira, tentei arejar na janela, mas o vento forte impediu.


Aliás, se há coisa frágil é Ninho Vazio. Todo o cuidado é pouco, qualquer movimento brusco, ele voa, cai se despedaça, se rompe.


Também não pode ser guardado em qualquer lugar, o fundo do armário é o pior de todos, cria mofo, desaparece atrás de outras coisas, na maior parte das vezes atrás de lindas caixas cheias de desculpas perfeitas. De mais fácil acesso, estão sempre ao alcance da mão para serem usadas.


E assim, empurrado cada vez mais para trás, quando queremos mexer nele precisamos de algumas mãos para tirá-lo do lugar, ou pelo menos para segurar a escada enquanto subimos com medo de cair.


Pois muito bem, Coelhinho da Páscoa não existe, faltam quatro semanas para Páscoa, já é primavera, e as temperaturas teimam em não subir, mas o domingo amanheceu por aqui com o ninho limpo, tinindo de bonito, cheio de ovos de Páscoa.




Ninho Cheio, Ninho Vazio, isto não está no Google.