quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

8 de dezembro

Dia de Nossa Senhora da Conceição.




Abro esta janela como se abrisse a minha alma.

Uma frase muito curta:

Feliz Aniversário Mãe!

Mais do que isto hoje não dá.

7 de dezembro

“Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel


E somos, mas adultos exigem que se expliquem os presentes.

Os pequenos, ao contrário, se não encontram uma explicação para o que ganham fazem uma bola com o papel e se põem a jogar, criam a explicação.

6 de dezembro



Noite estrelada e fria como aquela que o Menino iluminou.

No momento de maior escuridão da noite a madrugada levanta o negro véu e a primeira luz se insinua. No momento de maior brilho da lua, Apolo encilha seus cavalos.

No momento de maior desesperança algo nos toca no ombro, olhamos para cima e percebemos que tudo, tudo mesmo cumpre um ciclo nesta vida.

5 de dezembro

Hoje o dia é de José.

Mais uma vez vou à Clarice:

A HUMILDADE DE SÃO JOSÉ
São José é o símbolo da humildade. Ele sabia que não era o pai da Criança e cuidava da virgem grávida como se ele a tivesse germinado.
São José é a bondade humana. É o auto-pagamento no grande momento histórico. Ele é o que vela pela humanidade.

É bom dormir sabendo que alguém vela...


4 de dezembro



Hoje vamos de Clarice Lispector,
Em “A descoberta do mundo” no dia 21 de dezembro de 1968 ela escreve:

A VIRGEM EM TODAS AS MULHERES
Toda mulher, ao saber que está grávida, leva a mão à garganta: ela sabe que dará à luz um ser que seguirá forçosamente o caminho de Cristo, caindo na sua via muitas vezes sob o peso da cruz. Não há como escapar.

Clarice tem destas coisas, ela diz, não manda recados.

Marias e Josés que somos, sabemos disto também, mas mesmo assim temos nossos meninos e meninas e nos maravilhamos a cada um que chega.

3 de dezembro

Manoel de Barros, poeta brasileiro, me dá de presente esta frase do prefácio da sua Antologia e não era sobre o Natal que ele falava.

“Distâncias somam a gente para menos”

Quem já provou em alguma época da vida a distância de alguém, ou da terra onde largou o umbigo, sabe bem como ouvir esta frase.

Eu a escolhi para colocar junto ao presépio da querida Júlia.

No presépio de Júlia as figuras são do Panamá e a casinha, que também é chamada de lapinha, está forrada de folhas secas das árvores por onde hoje Júlia caminha.




O Presépio aqui torce a frase do poeta: diminui distâncias e soma as gentes para mais.

2 de dezembro

Como criança esquecida, mas apressada, abri várias janelinhas do calendário de uma só vez.

2 de dezembro

São Francisco de Assis e Santo Antônio,são para mim, os dois santos mais simpáticos da Igreja Católica, com todo o respeito aos outros. Parece que estão sempre dispostos a uma conversinha, daquelas de pai para filho.
“Olha São Chico, não sei o que faço com...., me ajuda vai... e lá vem ele com aquela carinha simpática de quem vai fazer tudo para resolver ou pelo menos dar um colinho.

Imagino-o em Assis, uma das cidades onde Deus está presente com certeza, sentado com seus amigos pensando em uma forma de celebrar o nascimento do Menino da forma como de fato aconteceu: a grandeza na simplicidade.

E assim como não quer nada, em 1223 pediu permissão ao Papa e, às imagens de Nossa Senhora, São José, e do menino na manjedoura cheia de palha; juntou um boi e um jumento e outros animais vivos. Celebrou assim uma Missa de Natal.

Os amigos do Sótão e do Porão sabem da minha paixão por eles e sempre me mandam algum de presente, físico ou virtual.

Uma amiga querida, que pleonasmo, aqui só entram as queridas, me mandou vários e escolhi este.

Obrigada Margareth.